sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ajuda-me a ser feliz! (psicografado no Instituto André Luis)


Jesus amado, sei que vivo em um mundo de provas e expiações e onde a felicidade não é possível senão por breves momentos...
Na dificuldade do dia a dia, percebo o quanto eu me esforço para alcançá-la, lançando mão, para isso, de todos os recursos possíveis, de todas as armas, de todos os ardis, sempre em vão...
A felicidade, Senhor, chega aos pedaços, sem avisar e se vai inteira, sem adeus, sem se importar com o que eu faço para retê-la no coração!...
Nunca consigo alcançá-la, do modo como eu gostaria.
Por isso, peço-lhe, Jesus, me ajude a ser feliz conforme tua orientação e não conforme meus desejos...
Mostre-me onde está a felicidade e dê-me forças para conquistá-la; diga-me o que devo fazer para ser feliz nesta vida e de que modo devo proceder para afastar o tédio, a tristeza e o desencanto que não deixam meu coração em paz!...
Apenas sei que não posso prosseguir assim, entre a luz e a sombra, sem sentir prazer maior no que faço, sem encantar-me com quase nada, sem sorrir, sem experimentar emoções maiores e melhores, sem ser eu mesmo em momento algum!...
Pressinto em mim, Jesus, que posso muito mais do que tenho feito; que sou capaz de amar infinitamente, de sorrir e contagiar, de ter e conquistar, de encantar e me encantar, de ser alguém capaz de amar e ser amado e só por isso, dar e receber felicidade.
Mas preciso de auxílio, de sua mão para o primeiro passo.

Ajuda-me a ser feliz, Senhor!
Abre-me o coração à simplicidade e à caridade; me faz dócil ao teu comando, que é sempre o meu melhor bem, e me ampara o entendimento ainda tão frágil...
Mostre-me onde está a felicidade real e desvia meus olhos do poder das fortunas, da tentação dos corpos, do vício das paixões, das artimanhas do consumismo, da ilusão do mundo!...
Ampara-me, Jesus amado, para que eu possa experimentar desde já, senão a felicidade que desejo, ao menos a paz e o contentamento que percebo inalteráveis naqueles que te seguem, e que assim o são porque aceitam a felicidade que tu lhes dás!...
Assim seja!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Amor Próprio (Charles Chaplin)


Quando me amei de verdade,
compreendi que eu sempre estava no lugar certo...
na hora certa.
Então relaxei.
Percebi que o sofrimento é sinal que estou indo contra a minha verdade.
Parei de desejar uma vida diferente e vi que tudo contribui para o meu crescimento.
Percebi como é ofensivo forçar alguma coisa ou alguém que não está pronto...
inclusive eu mesmo.
Tratei de descartar tudo o que não é saudável:
tarefas, pessoas, crenças e o que me põe para baixo.
Minha razão considerou isso egoísmo.
Mas eu sei que é "AMOR PRÓPRIO".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Tristeza (Daniela Costa)


Triste é ter nos lábios um sorriso
e sentir lágrimas brotando dentro do coração.
É ver dentro dos olhos de alguém a felicidade
e nos seus, apenas solidão.
É buscar incessantemente algo que não se consegue doar.
É lutar bravamente para ser amado e não conseguir amar.
Triste, é morrer de tristeza e desamor.
É definhar pouco a pouco e se entregar à dor.
Quem dera a cota de amor do mundo, fosse dividida matematicamente.
Quem dera todos tivessem o direito de serem amados igualmente.
Tristeza é saber que muitos choram, e não tem ninguém para os consolar.
É saber que muitos agonizam em seus próprios sofrimentos,
Sem um amigo, com quem contar
.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Motivo (Cecília Meireles)


"Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

Sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias no vento.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço,

-- Não sei, não sei. Não sei se fico, ou passo.

Sei que canto.

E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

-- mais nada".

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Parte como o Todo (Daniela Costa)


Certo dia, um sábio criou um conto, para exemplificar como sempre julgamos a parte, como sendo o todo. Isto, cotidianamente. Na maioria das vezes, todos achamos que somos os donos da verdade, e nos baseamos em uma visão distorciada da realidade. E será que existe verdade absoluta?
Em uma dada época, dez homens cegos foram convidados a apalpar um elefante. Cada um ficaria restrito a uma pequena parte do corpo do animal. Ao final do exercício, todos o descreveriam.

O que surgiu então foram dez relatos diferentes. Dez visões diferenciadas sobre o mesmo assunto. Como não conheciam o todo, cada homem descreveu o elefante de acordo com a parte que havia tocado. O mais incrível, é que nenhum deles estava errado. Mas nenhum deles detinha toda a verdade.
Certa feita, quatro jovens receberam a missão de acompanhar o crescimento de uma árvore. Cada um participaria do processo, apenas em uma determinada época. Um veria sua semente ser plantada. O outro, acompanharia o nascimento de sua folhagem. O terceiro, observaria o processo em sua fase adulta. E por último, o quarto jovem, estaria presente em sua fase final. Todos eles teriam que relatar qual tinha sido sua visão sobre a árvore. E todos a descreveram de forma única, particular, e principalmente, diferente! Mas falavam da mesma árvore.
Talvez, se compreendermos que o pouco que nos é dado conhecer, é uma verdade, mas que não somos detentores da verdade completa, absoluta, consigamos evitar muitos conflitos, e até, muitas injustiças.
Quando aprendermos a respeitar a opinião do outro, como sendo parte de uma verdade, aprenderemos a compartilhar idéias. Saberemos unir os pensamentos em prol de um bem comum. Deixaremos para trás o egoísmo, o individualismo e a vaidade, e estaremos abertos para novos conhecimentos.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Viver! (Daniela Costa)


Ah... se viver fosse tão fácil quanto sonhar,
Se nos bastasse somente o querer,
Não nos sobraria tempo para o sofrer.
Se amar fosse simplesmente sentir,
Se fosse necessário apenas o desejo dos corpos,
Ou o ardor da paixão,
Então, não haveria desilusão!
Se para viver não fosse preciso morrer,
Ou se as dores nos fossem possível esquecer,
Então a imortalidade desejaríamos ter.
Se conseguíssemos sermos iguais,
Apesar de todas as nossas diferenças,
Não haveria tanta descrença, tanta violência.
Se cuidássemos da saúde do nosso corpo,
E também da lucidez de nossa alma,
Não haveria tanta doença.
Se fosse possível a nós mesmos vencer,
Nossas imperfeições, nossas amarras,
E controlar nossas emoções,
Aí sim, estaríamos prontos para viver!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ser Feliz ( Fernando Pessoa)


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito de sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas...
Um dia vou construir um castelo..."

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bruxa Malvada ou Fada Madrinha? (Daniela Costa)


Às vezes me surpreendo quando recebo algum elogio dizendo que sou uma pessoa especial.
Não que eu não me considere merecedora, mas o fato é que cada um de nós sabe exatamente quem verdadeiramente somos.
Não é raro que nos entristeçamos com atos de ingratidão. Que nos sintamos infelizes por não sermos reconhecidos, amados, queridos.
E o quanto nós sofremos com o desprezo, com a falta de consideração?
Mas será que os outros tem a obrigação de nos amar, compreender e aceitar?
Será que nós estamos prontos para abrir o nosso coração, superar nossas limitações, nossos preconceitos e diferenças, para aceitar as pessoas como elas são?
E quanto à vaidade, ao egoísmo, egocentrismo, individualismo... o que fazemos com tudo isso?
Creio que todos nós temos um lado de bruxa malvada e outro de fada madrinha. A diferença é que tendemos mais para um lado, que para o outro.
O que não significa que quem tem cara de bonzinho, não seja um lobo mal, e que aquele que fala o que pensa, se expressa de maneira até grosseira, briga pelo o que é certo, que este não tenha um coração enorme!
É, às vezes, as aparências se enganam! É o famoso caso global, Donatela e Flora.
Daí surgem as incompreensões, os julgamentos...
A verdade é que não queremos perder o nosso tempo tentando entender o outro. Saber quais são suas razões, seus motivos.
Queremos apenas saber de nós mesmos!
Quem dera existissem mais Madres Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Padre Cícero, Chico Xavier e tantos outros mártires que tinham um enorme diferencial...
Eles abriram mão de si mesmos, de suas vaidades, para se doarem a seus semelhantes!