quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Parte como o Todo (Daniela Costa)


Certo dia, um sábio criou um conto, para exemplificar como sempre julgamos a parte, como sendo o todo. Isto, cotidianamente. Na maioria das vezes, todos achamos que somos os donos da verdade, e nos baseamos em uma visão distorciada da realidade. E será que existe verdade absoluta?
Em uma dada época, dez homens cegos foram convidados a apalpar um elefante. Cada um ficaria restrito a uma pequena parte do corpo do animal. Ao final do exercício, todos o descreveriam.

O que surgiu então foram dez relatos diferentes. Dez visões diferenciadas sobre o mesmo assunto. Como não conheciam o todo, cada homem descreveu o elefante de acordo com a parte que havia tocado. O mais incrível, é que nenhum deles estava errado. Mas nenhum deles detinha toda a verdade.
Certa feita, quatro jovens receberam a missão de acompanhar o crescimento de uma árvore. Cada um participaria do processo, apenas em uma determinada época. Um veria sua semente ser plantada. O outro, acompanharia o nascimento de sua folhagem. O terceiro, observaria o processo em sua fase adulta. E por último, o quarto jovem, estaria presente em sua fase final. Todos eles teriam que relatar qual tinha sido sua visão sobre a árvore. E todos a descreveram de forma única, particular, e principalmente, diferente! Mas falavam da mesma árvore.
Talvez, se compreendermos que o pouco que nos é dado conhecer, é uma verdade, mas que não somos detentores da verdade completa, absoluta, consigamos evitar muitos conflitos, e até, muitas injustiças.
Quando aprendermos a respeitar a opinião do outro, como sendo parte de uma verdade, aprenderemos a compartilhar idéias. Saberemos unir os pensamentos em prol de um bem comum. Deixaremos para trás o egoísmo, o individualismo e a vaidade, e estaremos abertos para novos conhecimentos.